terça-feira, 18 de junho de 2013

Situações de Aprendizagens!

Por - Letícia Maria de Oliveira

Situação de Aprendizagem – “Meu primeiro beijo” , Antonio Barreto

  Público alvo 9º anos

Objetivo: debater o tema do primeiro beijo, fazer inferências no texto lido, localizar informações, intertextualidade.

Recursos: data show, rádio, folhas sulfites, dicionários, internet, cartolina (mural)
Antes da leitura

- Analise as imagens e comente:
 
 
 
 
 
 
 
 
 



 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 

 
 
- Letra de música
Um primeiro beijo Paula Toller
Um primeiro beijo
Se acontecesse
Se a gente se encontrasse
Como ia ser?
Como saber?
Antes de nos conhecer
Quiçá beijar
Pensar em beijo
Pra confessar
Nem ao menos sei seu nome
Nem ao menos sei seu nome

Mas foi só um sonho
Sem o lado avesso
De outros primeiros beijos
Foi tão romântico
Nós nos beijando no espelho

Nós nos beijando
Foi tão romântico
De outros primeiros beijos
Sem o avesso
Mas foi só um sonho
Nem ao menos sei seu nome
Nem ao menos sei seu nome

Pra confessar
Pensar em beijo
Quiçá beijar
Antes de nos conhecer
Como saber?
Como ia ser?
Se a gente se encontrasse
Se acontecesse
Um primeiro beijo
- Divisão da sala em grupos heterogêneos oportunizando que o aluno com menos dificuldade leia para o outro que tem mais dificuldade (leitura compartilhada / grupos produtivos)
- A partir do título : “Meu primeiro beijo”, responda:
. Que tipo de beijo teria sido dado? Quem teria beijado pela primeira vez?
. Quais seriam as sensações de alguém que vai beijar pela primeira vez
Durante a leitura
- Grife no texto as palavras que você não conhece o significado, para depois procurar no dicionário.
- O que seria um menino com “cultura inútil”?
-  Comente a frase “o tempo se esquece do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram... e foi ficando nisso”.



Meu Primeiro Beijo

Antonio Barreto

É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...

Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:

"Você é a glicose do meu metabolismo.

Te amo muito!

Paracelso"

E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.

No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:

- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.

Mas ele continuou:

- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:

- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...

Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.

E de repetente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.

Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD,

1977. p. 134-6.

 Depois da leitura

Reflita:

- Qual é a imagem que está mais de acordo com o que foi lido no texto?

- O texto é narrado em primeira ou terceira pessoa? Justifique a resposta com trecho do texto.

- Quais são as sensações da narradora ao beijar pela primeira vez?

- A que gênero textual pertence esse texto? Justifique.

- Pesquise um poema, um conto, letra de música, e outras imagens em que tenham como tema o primeiro beijo. A partir do material selecionado será montado um mural na escola sobre o tema: “Meu primeiro beijo”.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por - Maria Antonia de Jesus Lopes Salvador

Situação de aprendizagem: O  PRIMEIRO BEIJO , de Clarice Lispector
Público alvo: 7º ao 9º anos
Objetivo: Aprimorar a oralidade e a produção escrita sobre o tema  do primeiro beijo, localizando informações inferidas ou não
Recursos: revistas, jornais, internet, cartazes, dicionários, folhas sulfites
 
Pré-leitura:
Leitura compartilhada com divisão da sala em grupos heterogêneos, visando apoio do professor e dos colegas nas dificuldades surgidas
Debate sobre o tema com relatos de experiências
 
Durante a aula;
Pesquisar  palavras cujo significado seja desconhecido
Compreensão do texto
 
Pós-leitura
Formular questões sobre o texto
Produção  de textos ou atividades sobre o assunto
 
Todas as atividades mencionadas fazem parte do processo avaliatório.
 
O PRIMEIRO BEIJO

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...
Ele se tornara homem.
(In "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998)


 

domingo, 9 de junho de 2013

Depoimentos!


Letícia Maria de Oliveira
                                                      O fascínio da leitura

     Não sei precisar a primeira vez que segurei um livro nas mãos, mas tenho deliciosas lembranças de quando fui fisgada pela leitura.
     Minha professora da 7ª série, Ivete, nos apresentou o livro “A droga da Obediência” –Pedro Bandeira, me apaixonei por aquele grupo de amigos que viviam aventuras proibidas com uma pitada de rebeldia, me identificava justamente por serem mais ou menos da mesma idade que eu; em seguida li “ O caso dos dez negrinhos” , devorei muito Agatha Christie, e não parei mais.
      No colegial conheci minhas grandes paixões: Graciliano Ramos, Machado de Assis, José de Alencar, as poesias de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes, Drummond e os sonetos de Camões; e ainda um que é o meu preferido “A hora da estrela” – Clarice Lispector, é fascinante a sensibilidade e destreza que a autora envolve o leitor através das palavras, que sentimentos deliciosos que ela me desperta. Mais tarde na faculdade apreciei os clássicos universais e li duas vezes por sinal, e o considero uma obra prima “Cem anos de solidão”, leitura que nos leva aos lugares mais profundos da alma e das relações humanas – livro impressionante.

     Atualmente gosto de ler todo tipo de gênero literário, além de adorar ler jornais, herança do meu pai que lia as manchetes e notícias da primeira página enquanto eu tomava meu café antes de ir para a escola.
 
Maria Eugenia Rios Sinibaldi
    Quando eu era criança não tive muito incentivo para a leitura, quando entrei no pré minha professora gostava MUITO DE TEATRO E DANÇA E É o que gosto até hoje. Lembro da primeira série o caminho suave com muita gramática e textos curtos. Na quarta série tive vontade de ler João e Maria de tanto meus pais contarem essa história, eles usavam o termo Joãozinho e mariquinha, depois disso nunca mais parei de ler.
 
Mariana Cruz Favaro Camargo
     A minha infância foi muito marcante em relação a leitura. Minha mãe é professora e sempre me incentivou a conhecer esse fabuloso mundo. Sempre comprava livros para mim mesmo sem ainda ser alfabetizada. Gostava de olhar as figuras e fantasiar as minhas histórias. Quando comecei a ler, o primeiro livro que prendeu minha atenção e fez com que eu me apaixonasse ainda mais foi o livro "A ilha perdida", pois gostava de muito de viajar no mundo da aventura.
      Logo que cheguei no ensino médio conheci José de Alencar. O modo como ele descrevia suas personagens de época, me deixava fascinada.
      Hoje, com toda essa bagagem que carreguei, percebo que a leitura acabou fazendo parte do meu dia a dia. E é por isso que procuro incentivar meus alunos a prática da leitura, assim como minha mãe me incentivou.

 

sábado, 8 de junho de 2013

MARIA EUGENIA RIOS SINIBALDI
 
Sou professora na escola Maria Aparecida Justo Salvador, gosto muito de ler, de teatro e dança.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Apresentações!

Olá! Meu nome é Letícia, tenho 28 anos e sou professora estadual nas áreas de Língua Portuguesa e Inglês. Moro na cidade de Jaú onde leciono na escola João Pacheco de Almeida Prado. Atualmente estou cursando Faculdade de Pedagogia  pela EAD - UNINOVE. O curso MGME é uma oportunidade muito rica de troca de experiências e aprendizado nas práticas de leitura e escrita!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Seja bem vindo!

Este blog é formado por professores da rede estadual de ensino do estado de São Paulo, e faz parte do curso Melhor Gestão, Melhor Ensino.

"  A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil, e o escrever dá-lhe precisão. "
Francis Bacon